O brasileiro sempre gostou de uma boa comida caseira, daquele sabor que só se encontra no fogão da família. Mas esse hábito está mudando. A correria da vida agitada nas cidades está apimentando o mercado de comidas prontas. É um filão que cresce bem mais que a economia do país, impulsionado pela correria da vida moderna. Comer fora deixou de ser um programa especial e se tornou rotina para muitos brasileiros.Nas cozinhas, o forno microondas vai tomando o lugar do fogão como o eletrodoméstico mais usado. A indústria não pára de lançar novidades, pensando exatamente em quem não tem mais tempo – ou vontade – de passar horas preparando uma refeição.A padaria da esquina é a extensão da casa da publicitária Sarah Cardoso. É lá que ela faz a primeira refeição do dia. “Venho sete dias por semana. Todos os dias eu tomo café aqui”, conta.Quando come em casa, a publicitária usa apenas o forno microondas para aquecer os pratos congelados. O fogão, comprado há dois anos, ainda não foi inaugurado. “Eu tenho que ser prática. A escolha de onde comer e como comer tem que ser da maneira mais prazerosa possível. E cozinhar não está entre as tarefas mais prazerosas para mim”, conta.Essa mudança de hábitos é o que alimenta uma feira em São Paulo, onde donos de bares, restaurantes e padarias vêm conhecer as novidades do setor que só faz engordar. No ano passado, o mercado de alimentos prontos ou servidos fora de casa cresceu três vezes mais do que a economia.“O hábito do brasileiro vem mudando.O crescimento dos grandes centros e o trânsito das cidades impedem as pessoas de voltar para casa e comer. Para se ter uma idéia, em 1970, uma dona de casa tinha duas horas para o preparo de uma refeição. Hoje em dia, tem menos de 15 minutos”, destaca o diretor da feira, Marco Antonio Mastrandonakis.Em busca de uma fatia dos R$ 90 bilhões que o segmento movimenta por ano, uma empresa acaba de lançar um petit gateau para microondas, com a garantia que o bolinho não fica emborrachado.“A diferença é a rapidez que você o tem pronto. Em 15 segundos, o produto está pronto”, afirma a diretora da empresa, Dora Beyruti.As máquinas de café expresso, cada vez mais populares, agora vêm com regulagem de temperatura para diferentes tipos de grãos. A empresária Joana Martins veio comprar uma para instalar na sorveteria.“Fazendo um café bom, um grão bom, tem retorno, sim, porque o cliente toma hoje e volta a tomar amanhã”, conta a empresária.A tradicional pizzaria ainda é um dos negócios de maior sucesso. Só na cidade de São Paulo, é vendido um milhão de pizzas por dia. A redonda é sinônimo de comida prática. O desafio é encontrar o cardápio certo também para a saúde.“Os alimentos industrializados, de uma forma geral, têm mais conservantes. Alguns usam gorduras. O in natura não tem nada disso, ele traz um valor nutricional maior do que os alimentos industrializados”, finaliza a nutricionista Sandra Gomes
TV Globo - Bom Dia Brasil
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