domingo, 29 de abril de 2007

Consumidor gastará mais com presente do Dia das Mães do que em outras datas

SÃO PAULO - É no Dia das Mães que os consumidores mais gastam com presentes. Pelo menos é isso o que mostra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Índice de Confiança do Consumidor. De acordo com o levantamento, o gasto médio com as compras será de R$ 59,3 por pessoa - valor superior aos R$ 52 do Natal; R$ 48,7 do Dia das Crianças; e R$ 57,4 do Dia dos Pais.

Contudo, explicou a assessoria de imprensa da FGV, a maioria dos entrevistados, 55% deles, espera direcionar uma média de R$ 51. Nas mesmas datas comemorativas citadas acima, a maioria pretendia despender R$ 42,1; R$ 36,3; e R$ 50,3.

Quanto e o quêAlém disso, o levantamento constatou que 10,1% dos entrevistados pretendem gastar mais com o presente para a data neste ano do que na comemoração de 2006. A maior parcela das respostas, no entanto, veio daqueles que pretendem despender o mesmo: 59,4%. Os 30,6% restantes economizarão um pouco mais.

No que diz respeito a produtos mais visados, roupas e acessórios estão na primeira posição, com 47,3% das respostas. Em seguida vieram eletrodomésticos e eletrônicos (14,5%), produtos de perfumaria e cosméticos (7,4%) e calçados (7,4%).

LembrancinhaVale lembrar que pesquisa divulgada recentemente pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), mostrou que este ano deve ser marcado por presentes estilo "lembrancinha".

O motivo é a quantidade de dinheiro disponível no orçamento dos consumidores para aquisições extras. Tomando como base a idéia de que o salário médio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está em torno de R$ 1.100 mensais, e a perspectiva de gastos do tipo será da ordem de 11,7% desse total, a tendência é que sobrem cerca de R$ 100 para gastos extras.

(Fonte: InfoMoney, por Adriele Marchesini)

FONTE: http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=8024

Tem argumento para tudo

Por Luciana Portilho*
Uma onda de filmes políticos e sociais surgiu nos cinemas nos últimos anos, questionando o pensamento e o modo de vida consumista e individualista da sociedade. Assim é Obrigado por fumar (Thank You for Smoking). Inspirado no livro de mesmo nome, de 1994, o longa faz uma sátira sobre a indústria de cigarros dos EUA, e aproveita ainda para dar uma "cutucada" na indústria de bebidas alcoólicas, armas de fogo e junk food.
O grande tema do filme é, na verdade, a manipulação de informações. Os americanos dão à prática o nome de culture of spin, ou "cultura da manipulação de informações", que significa passá-las de forma parcial ou distorcer a verdade a fim de manipular a opinião pública.
Em vista disso, no filme, o personagem Nick Naylor (Aaron Eckhart) é o porta-voz da indústria de tabaco que usa a retórica como principal instrumento para convencer as pessoas a comprarem um produto que ele sabe ser prejudicial à saúde. Na primeira cena do longa, isso já fica claro. Nick participa de um debate num popular programa de TV, ao lado de um jovem ex-fumante com câncer e de representantes da sociedade contrários à indústria tabagista. Com seu discurso e pensamento rápido, o lobista acaba convencendo a platéia de que não existem provas de que o cigarro tenha sido a causa do câncer do jovem. Além disso, fumar é uma escolha pessoal de cada um, e isso exime o fabricante, segundo ele, de qualquer responsabilidade. Nada que já não tenhamos visto ou ouvido antes.
Nick, embora não tenha problemas morais com sua profissão, demonstra uma certa preocupação quando o filho de 13 anos começa a se interessar pelo seu trabalho. As conversas entre os dois rendem ao garoto o interesse e a habilidade do spinning, e são o ponto alto do filme.
Obrigado por fumar tem um tema profundo, transformado em comédia. Mas seus diálogos, cheios de ironia e cinismo, nada mais fazem que espelhar o que se passa no mundo. Ah!, vale notar que ironicamente não aparece sequer um fumante no filme.
* Luciana Portilho é economista e pesquisadora do IdecTítulo
Obrigado por fumar Ano: 2006; Direção: Jason Reitman; Origem: EUA; Duração: 92 minutos Distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation
Site: http://www.foxfilm.com.br/ (disponível apenas para locação)

Crianças obesas comem mais ao assistir a anúncios de comida

Cientistas acompanharam os hábitos alimentares de 60 crianças, de 9 a 11 anos, enquanto assistiam a anúncios de comida, brinquedos e a um desenho animado
Associated Press

BUDAPESTE - Crianças com problema de excesso de peso tendem a dobrar o consumo de alimentos quando assistem a anúncios de comida na televisão, afirma estudo britânico apresentado num congresso realizado na capital da Hungria.

O trabalho, apresentado no 15º Congresso Europeu de Obesidade, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Liverpool, que acompanharam os hábitos alimentares de 60 crianças, com idades entre 9 e 11 anos, enquanto assistiam a anúncios de comida, brinquedos e a um desenho animado.

"O consumo de comida após os anúncios de comida foi significativamente mais elevado, em comparação com os anúncios de brinquedos, em todos os grupos de peso, com as crianças obesas aumentando o consumo em 134%", afirma nota oficial divulgada pelo congresso.
Crianças acima do peso elevaram o consumo de alimentos em 101%, e crianças de peso normal, em 84%.

Jason Halford e Emma Boyland, que conduziram a pesquisa, determinaram que o peso da criança é um fator determinante quando os jovens decidem o que comer ao assistir à televisão.

"Crianças obesas consistentemente escolhem produtos com mais gordura - como chocolate - enquanto crianças com excesso de peso escolhem balas de goma", diz a nota.

"Nossa pesquisa confirma que os anúncios de comida na TV têm um efeito profundo nos hábitos alimentares das crianças", disse Halford.

Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/abr/24/332.htm

quinta-feira, 19 de abril de 2007

"Que babaquice é essa?"

Símbolo maior dos cervejeiros do Brasil e garoto-propaganda da Brahma, o cantor Zeca Pagodinho é contra a idéia do governo de restringir a publicidade de cerveja. "Ninguém nunca bebeu no mundo, não?" Ele falou à coluna.

FOLHA - O veto da propaganda de cerveja na TV entre 8h e 20h vai prejudicar o seu contrato?

ZECA PAGODINHO - Ah, cara, isso aí só Deus é que sabe. Só Deus...

FOLHA - Quanto você ganha com a publicidade de cerveja? ZECA - Isso aí eu não sei. Isso aí não é comigo [segundo especulações do mercado, seriam R$ 5 milhões por três anos]. FOLHA - O que achou da proposta do veto?

ZECA - Acho que tem muitas outras coisas que eles [o governo] têm que se preocupar. Ainda mais cerveja, que é normal! Eles têm que se preocupar em colocar escolas para o jovem estudar, em tirar o jovem da rua... Não tem que ficar colocando a culpa na cerveja, não! Que babaquice é essa? Que o cara vai ver na televisão e vai aprender a beber? Na rua ninguém vê bebida? Na casa, nas festas, não tem? Vão querer proibir nas festas também? O que que tem um comercial de cerveja? Ninguém nunca bebeu no mundo, não? Tô fora!!

FOLHA - A publicidade com mulheres bonitas e ídolos como você não incentiva o jovem a beber?

ZECA - Cara... Isso aí parte de cada um. Aqui em casa eu sempre bebi. Meu filho mais velho bebe. E o do meio não bebe. Tenho sobrinho que não bebe e sobrinho que bebe. E aí, como é que é isso? Nunca vi propaganda de violência na televisão e a violência está crescendo cada dia mais.

FOLHA - E a Zeca-feira [campanha de marketing que "cria", na quarta-feira, mais um dia de happy hour]?

ZECA - Isso não é idéia minha. Isso é idéia do [publicitário] Nizan Guanaes. E pra mim não tem dia-feira, pra mim todo dia é feira. Se eu estiver apto a beber, se eu estiver com calor, tomo minha cervejinha. O que é que tem? Não gosto é de ficar bêbado, perder a noção, o rabo da conversa.

FOLHA - Existe, então, exagero nas críticas?

ZECA - Olha, rapaz! Aprecio todo cara que é um bom bebedor. [Pausa] Tá? Não bebo cachaça. Não me dou bem com cachaça. Meu pai tem 80 anos. E bebe cachaça. Nunca vi meu pai falar alto, brigar com a minha mãe, bater na gente. Ele é um bom bebedor. Eu admiro meu pai.
Folha de S. Paulo

Educação será ferramenta para defesa do consumidor

Os Procons de todo o país vão priorizar neste ano a educação como principal ferramenta para a prevenção de danos e a defesa dos consumidores. Inicialmente, os órgãos e as entidades do sistema nacional de defesa do consumidor vão capacitar multiplicadores para que não apenas resolvam problemas relacionados ao consumo, mas também para educar o cidadão.

A decisão foi tomada por Procons, Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e entidades da sociedade civil, ao participarem da 52ª Reunião do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), realizada recentemente em Brasília.

O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, acredita que capacitando os técnicos do Procons, o governo estará trabalhando indiretamente com os consumidores.

Para a organização não-governamental de consumo consciente Akatu, o consumidor não é um agente passivo, mas uma pessoa que tem um poder de cidadania, de impactar com o seu consumo a vida de toda a sociedade.

Por isso, na opinião do Gerente de Projetos Especiais do Instituto Akatu, Aron Belinky, é preciso educar o consumidor não apenas para que ele se sinta seguro na hora de comprar e reclamar das empresas, mas para melhorar a sua relação com o próprio consumo.

Belinky acredita que a mudança de paradigma no atendimento feito pelos Procons é fundamental, já que esses órgãos também atuariam como agentes educadores por excelência nas questões de consumo.

"É nesse sentido que esse tipo de educação deve funcionar e aproveitar uma oportunidade que existe, a oportunidade de você colocar essa rede poderosa que são os Procons, apoiando a educação do consumidor, apoiando um consumo que seja mais cidadão e mais voltado à sustentabilidade, à sociedade como um todo, à questão da preservação ambiental". (Agência Brasil)
Redação BondeLondrina

FONTE: http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?oper=ultimas&id=391&dt=20070416&tipo=1

Excesso de embalagem incomoda consumidores

Entre os mil pesquisados em estudo realizado por instituição do Reino Unido, 43% gostariam de não consumir produtos com excesso de embalagem

LONDRES - Cerca de 30% dos consumidores no Reino Unido esperam que as redes de supermercado invistam na redução nas embalagens dos produtos, enquanto 19% disseram comprar somente produtos com embalagem reciclável.

De acordo com estudo realizado pelo Institute of Grocery Distribuition, empresa britânica de pesquisa sobre fornecimento e distribuição para supermercados, o excesso de embalagens incomoda os consumidores, porque dá mais trabalho na hora de se livrar do lixo produzido.
Cerca de 60% dos entrevistados disseram fazer reciclagem de lixo, e 37% reutilizam as sacolas dos supermercados.

Na Grã-Bretanha, 3,3 milhões de toneladas de comida são desperdiçadas todo ano. A maior parte deste lixo é depositada a céu aberto, emitindo gás metano e contribuindo para o aquecimento global.

Validade
Frutas e vegetais pré-embalados levam a um maior desperdício, pois contêm quantidades maiores do que o consumidor efetivamente consome, afirmou o estudo.

Entre os mil pesquisados, 43% gostariam de não consumir produtos com excesso de embalagem. Outros 23% gostariam que o prazo de validade dos produtos nas prateleiras fosse estendido, enquanto 19% revelaram que gostariam que um termômetro na prateleira fosse desenvolvido, para medir a temperatura dos alimentos.

O estudo também mostra que há razões comerciais para a redução de embalagens nos supermercados.

"Inovações nas embalagens e etiquetas que reduzem o desperdício são muito bem aceitas pelos consumidores, contribuindo para uma boa imagem corporativa e competitividade", diz Gerardine Padbury, analista de consumo.

"Reduzir embalagens pode ser uma oportunidade potencialmente lucrativa para o varejo e seus consumidores", conclui a pesquisa.

Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/abr/13/224.htm

Chocolate é a primeira obsessão dos EUA


A imagem mais evocada quando se trata da obsessão dos norte-americanos por comida é um gigantesco hambúrguer acompanhado de um balde de Coca-Cola. Mas, a julgar pela escolha dos diretores da série "Sabores Americanos", que conta a história dos alimentos que ajudaram a transformar a cultura daquele país, o chocolate tem a primazia. O primeiro episódio do programa volta à época dos maias e astecas para mostrar o início do cultivo do cacau, passa pelo encontro dos europeus com a exótica bebida de Montezuma no século 16 e narra como o elixir se espalhou rapidamente pelo Velho Continente com as casas de chocolate, os "cafés" de hoje. Do outro lado do Atlântico, o chocolate derrota o chá com a independência dos EUA, proclamada em 1783, é alvo de controvérsias médicas e finalmente se consolida com a abertura da primeira fábrica. O grande marco da indústria ocorre um século mais tarde, quando Hershey's volta da Suíça disposto a produzir o primeiro chocolate ao leite da América. Mais barata, a guloseima ganha mercado. A concorrência amigável com a Mars impulsiona ainda mais o consumo, que chega a 1 bilhão de barras no pós-guerra. Surge então a TV, ingrediente que faltava para inaugurar a era da propaganda e dar ao doce a importância que tem no imaginário americano.
Fonte: http://www.folha.com.br/